
Esportes na areia: quais os principais benefícios?
11/08/2025Afinal, sentir dor na corrida é normal ou preciso me preocupar?
“Dor é o alarme do corpo. Ignorá-la é como desligar o detector de fumaça durante um incêndio.” – Lorimer Moseley
Se a dor é parte do jogo, sentir dor na corrida nem sempre é sinal de lesão
Se você já correu por algumas semanas seguidas, é provável que tenha sentido algum desconforto muscular. Assim como cansaço ou aquela dorzinha incômoda no meio de um treino.
Mas até onde essa dor faz parte do processo de adaptação?
Em que momento ela se torna um alerta real para lesão?
Esse é um dos maiores dilemas entre corredores amadores e a resposta está na capacidade de interpretar o que o corpo está tentando dizer.
A dor não é nossa inimiga. Ela é um mecanismo de proteção do sistema nervoso, criado para nos alertar sobre potenciais ameaças.
Porém, isso não significa que toda dor representa um dano real. Às vezes, o corpo apenas reage a um volume maior de treino, um estímulo novo, ou até mesmo um estresse acumulado de forma inofensiva, por exemplo.
Quando a dor na corrida é um sinal de alerta real?
É verdade que a dor não significa necessariamente lesão, mas nem toda dor deve ser ignorada.
Em alguns casos, o corpo está sinalizando um risco real. Ou seja, continuar forçando pode resultar em lesão.
Saber diferenciar o que é um sinal de adaptação e o que é um sinal de risco é o que separa o corredor consistente do corredor que vive machucado.

O que é dor muscular tardia e quando ela é normal?
A dor muscular tardia, também conhecida como DOMS, é muito comum após treinos intensos ou diferentes do habitual. Ela costuma aparecer de 24 a 72 horas após o exercício, causando desconforto, mas não impede o movimento e melhora com o tempo.
Essa dor é sinal de adaptação, ou seja, uma resposta natural do corpo ao esforço. É diferente de uma dor que limita, piora com o treino ou aparece repetidamente no mesmo lugar.
Dor persistente ou progressiva
Diferente da DOMs, ela:
- Aparece durante os treinos e vai aumentando com os dias;
- Costuma afetar regiões específicas como joelho, quadril, tornozelo ou pé;
- Pode estar relacionada a sobrecarga, desequilíbrios ou erros no volume/intensidade.
Dor aguda e incapacitante
Se o que você sente é uma dor aguda e incapacitante, você deve ser avaliado imediatamente por um profissional! E como reconhecer?
- Dor súbita, intensa e localizada;
- Muitas vezes impede a continuidade da corrida ou altera totalmente a mecânica.
Por que o acompanhamento interdisciplinar é essencial não sentir dor na corrida?
No Instituto Olimpo, acreditamos que ninguém deveria treinar no escuro. A interpretação correta dos sinais de dor passa por um olhar integrado:
- Fisioterapeutas analisam o padrão de movimento e histórico de lesão;
- Médicos do esporte investigam causas clínicas e estruturais;
- Nutricionistas avaliam processos inflamatórios, carências nutricionais e recuperação;
- Fisiologistas ajustam o volume de treino e carga com base em dados.
Esse olhar integrado permite uma abordagem completa, que trata o sintoma sem perder o foco na performance e prevenção.
Escutar o corpo também é parte do treino
Procure um time que entende de corrida: se algo não parece certo no seu corpo, não deixe para depois. Agende uma avaliação com nossa equipe e siga correndo com saúde e segurança.
Lembre-se: somos todos atletas.
Eduardo Signorini Bicas Franco
Fisioterapeuta | Crefito 233177-F