
Como correr uma maratona pela primeira vez
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29/09/2025Treinar para uma maratona pode ser muito doloroso e atrair algumas lesões. Mas e quando a dor não é só no corpo?
Vamos falar sobre os desafios invisíveis da preparação para correr os sonhados 42 quilômetros!
“Correr uma maratona exige muito mais da mente do que das pernas.” – Katherine Switzer, primeira mulher a completar oficialmente a Maratona de Boston.
As dores que machucam mais do que os músculos em uma maratona
Você está no meio do ciclo de preparação para a maratona. Já superou treinos longos, acordou cedo em domingos chuvosos, controlou a alimentação, abriu mão de festas e ainda assim sente que algo não está certo.
O corpo começa a pesar e uma dor insistente aparece na panturrilha, no quadril ou no joelho. Você tenta ignorar, mas o que começa a doer mesmo é a mente.
Os questionamentos começam a aparecer:
- “Será que eu vou aguentar?”
- “Eu treinei ou fiz algo errado?”
- “Será que sou mesmo feito pra isso?”
A verdade é que, durante o ciclo de treinos, muitos corredores não quebram só fisicamente: quebram emocionalmente. Mas saber lidar com isso é tão importante quanto acertar o pace.
O impacto das dores físicas e suas consequências
As dores físicas fazem parte da adaptação. Isso porque elas surgem quando o corpo está sendo estimulado a um novo limite.
Mas quando essas dores se acumulam, ou quando aparecem no momento errado do ciclo, geram um efeito colateral silencioso: a insegurança.
O medo de se machucar, de não completar a prova ou de regredir tudo o que foi conquistado pode gerar:
- Ansiedade antes dos treinos mais longos
- Queda de confiança na própria capacidade
- Isolamento e desânimo com o processo
- Compulsões alimentares ou comportamentos compulsivos
É aí que entra a importância de ter um time preparado para cuidar do corredor como um todo. Ou seja, corpo, mente e contexto.
Em um ciclo de maratona, cuidar da dor é também cuidar da cabeça
Aqui no Instituto Olimpo, entendemos que a dor não deve ser ignorada, mas sim compreendida e acompanhada.
- A medicina esportiva investiga a dor com precisão, sem alarmismo, ajudando o atleta a entender o que é adaptação e o que precisa de atenção clínica.
- A fisioterapia esportiva analisa o movimento, identifica padrões compensatórios, ajusta a carga e atua para que o atleta continue treinando com segurança, mesmo diante de desconfortos.
- A nutrição não é só “combustível”, mas parte essencial da recuperação, imunidade e bem-estar. Uma alimentação desregulada pode intensificar tanto a dor quanto o impacto emocional.
E quando percebemos que a dor ultrapassa o físico, indicamos o suporte psicológico adequado, respeitando o momento do atleta. Porque resiliência não se treina somente correndo, também se constrói com rede de apoio.
Treinar para uma maratona é um processo longo e solitário em alguns momentos, mas você não precisa carregar esse peso sozinho.

Conte com um plano individualizado, com avaliação constante e comunicação entre os profissionais. Assim, você terá boas ferramentas para manter o corpo ativo e a mente confiante.
Em 42 km, toda dor tem uma história
Correr 42 km exige preparo, mas a verdade é que se preparar também exige coragem.
Coragem de descansar quando é preciso. Coragem de adaptar e de pedir ajuda. Mas, principalmente, coragem de seguir mesmo quando algo dentro de você começa a questionar se vale a pena.
Aqui na Olimpo, nossa missão é lembrar que vale. Que cada dor tem um porquê, cada pausa tem sentido, e cada corredor tem o direito de chegar inteiro, no corpo e na cabeça.
Lembre-se: somos todos atletas.
Bom treino!
Eduardo Signorini Bicas Franco
Crefito 233177-F